Transtornos de Personalidade Borderline
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Caso um paciente diagnosticado com Perturbação da Personalidade Borderline também sofrer da doença Bipolar será uma mais valia para o mesmo ter o diagnóstico ou será mais um obstáculo no tratamento?
É muito frequente a comorbilidade entre vários diagnósticos psiquiátricos . Isso pode determinar a escolha do tratamento
As perturbações psiquiátricas têm muitas vezes sintomas que também ocorrem em outras perturbações (como é o caso da Perturbação de Personalidade Borderline e a Perturbação Bipolar) e por vezes é difícil definir com exatidão o diagnóstico definitivo. Noutros casos, existe mesmo sobreposição de 2 perturbações e faz sentido fazer 2 diagnósticos. O mais importante é perceber o que pode ser feito para controlar ou minimizar as várias componentes do quadro clínico.
Na minha prática tenho identificado o TBP e a doença bipolar tipo II em alguns pacientes. Do ponto de vista prático não existe diferença em termos de tratamento. Necessitam de tratamento farmacológico e psicoterapêutico, sugerindo, em relação a esta última, a Psicoterapia de Apoio.
Em termos de resposta terapêutica e prognose, o TBP dificulta mais pela instabilidade que provoca .
Em termos de resposta terapêutica e prognose, o TBP dificulta mais pela instabilidade que provoca .
O que se acredita hoje é que as causas são múltiplas e se combinam, desde fatores genéticos, traumas pessoais, fatores individuais de educação e de desenvolvimento e psico-emocional.
Eu sugiro cuidado com o termo "borderline". Isso é um enquadramento profissional para um tipo de personalidade, um diagnóstico "artificial", e muitas vezes tem sido usado de forma leviana para "explicar" traços de caráter muito particulares das pessoas. Na minha opinião, é mais um rótulo, bastante generalizado, do que um diagnóstico que deva ser facultado ao paciente.
Aconselho psicoterapia de base cognitivo-comportamental.
Eu sugiro cuidado com o termo "borderline". Isso é um enquadramento profissional para um tipo de personalidade, um diagnóstico "artificial", e muitas vezes tem sido usado de forma leviana para "explicar" traços de caráter muito particulares das pessoas. Na minha opinião, é mais um rótulo, bastante generalizado, do que um diagnóstico que deva ser facultado ao paciente.
Aconselho psicoterapia de base cognitivo-comportamental.
Bom dia.
Ora cá está uma questão pertinente e algumas respostas também. Por um lado, temos o "borderline" que se olharmos à letra percebemos que estamos no limite de alguma coisa. Esta é a personalidade mais estudada em psicologia, em virtude das suas características tão amplas, desafiadoras e peculiares.
Os traços borderline na personalidade denotam a presença de um padrão global de instabilidade na forma habitual de funcionar que afeta as relações com os outros, a imagem que tem de si e os afetos, bem como o comportamento, no qual existe um reduzido controlo de impulsos.
Por outro temos uma condição séria e que merece muito cuidado pois depende de equilíbrio, a bipolaridade. Como é que equilibramos uma condição que necessita de equilíbrio numa personalidade que está no limite. Quem está na génese do resultado de comportamentos do paciente?
A resposta não poderá vir sozinha de um Psicólogo ou de um Psiquiatra. Ambos aqui vão ter um papel fundamental à procura do equilíbrio do paciente.
Acima de tudo, numa personalidade borderline e bipolar, a transparecia e a realidade necessitam de ser a constante da equação.
Cumprimentos,
MJP
Ora cá está uma questão pertinente e algumas respostas também. Por um lado, temos o "borderline" que se olharmos à letra percebemos que estamos no limite de alguma coisa. Esta é a personalidade mais estudada em psicologia, em virtude das suas características tão amplas, desafiadoras e peculiares.
Os traços borderline na personalidade denotam a presença de um padrão global de instabilidade na forma habitual de funcionar que afeta as relações com os outros, a imagem que tem de si e os afetos, bem como o comportamento, no qual existe um reduzido controlo de impulsos.
Por outro temos uma condição séria e que merece muito cuidado pois depende de equilíbrio, a bipolaridade. Como é que equilibramos uma condição que necessita de equilíbrio numa personalidade que está no limite. Quem está na génese do resultado de comportamentos do paciente?
A resposta não poderá vir sozinha de um Psicólogo ou de um Psiquiatra. Ambos aqui vão ter um papel fundamental à procura do equilíbrio do paciente.
Acima de tudo, numa personalidade borderline e bipolar, a transparecia e a realidade necessitam de ser a constante da equação.
Cumprimentos,
MJP
Ter um "rótulo" para um problema psicológico/mental alivia o estigma e "normaliza" estas doenças. O tratamento com a medicação adequada complementado com psicoterapia possibilita um melhor funcionamento no seu dia a dia
Olá! Considero um belo casamento entre psiquiatria e psicologia, seu caso sinaliza a necessidade da psiquiatria, e, nessa área da medicina é importante o diagnóstico, como guia do tratamento. Salientando que o sujeito é para além do diagnóstico, com suas habilidades e competências. Faça uso das duas áreas: psicologia e psiquiatria.
Sucesso em suas buscas...
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