Bom dia, Gostaria de saber se a hipnoterapia pode ser eficaz para doentes com depressão e transtorn

7 respostas
Bom dia,
Gostaria de saber se a hipnoterapia pode ser eficaz para doentes com depressão e transtornos de ansiedade incluindo ataques de pânico?
Há alguma terapia recomendada que não inclua a toma de antidepressivos e ansiolíticos?

Obrigada
Boa tarde, embora não privilegie essa abordagem na minha prática clínica poderá trazer algum benefício clínico sobretudo nos doentes mais sugestionáveis. Relativamente ao tratamento, dependendo do caso em concreto e da avaliação do mesmo em consulta, pode-se tratar uma depressão ou problemas de ansiedade com recurso a psicoterapia em exclusivo. A vantagem de recorrer a medicação é uma maior celeridade no processo e ser mais fácil poder intervir do ponto de vista psicológico. Acresce que a terapia medicamentosa em exclusivo também poderá não ser a melhor resposta na prevenção de recaída destas patologias.
Assim, o uso combinado de medicação e psicoterapia melhora o prognóstico clínico.
O controlo da respiração, que também se usa na hipnoterapia, é uma terapêutica alternativa aos psicofármacos. Mas os psicofármacos são muito eficazes. O ideal é procurar um psiquiatra que possa fazer um diagnóstico claro e seja experiente em ambas as abordagens. Existem muitas ofertas selvagens de hipnoterapia ou técnicas semelhantes, mas elas só são eficazes no contexto das psicoterapias.
A Hipnose clínica (Hipnoterapia) vai à origem do problema, por isso liberta-o dos sintomas, em geral, de uma forma rápida.

Imagine este exemplo: ” Está em casa, num fim de semana a descansar depois de uma semana de trabalho extenuante e está no seu sofá a relaxar, num ambiente calmo, a ouvir uma música e de repente o vizinho começa a fazer barulho, a fazer furos na parede, a martelar, a arrastar móveis, uma obra que não parece ter fim. Uma dor de cabeça começa a formar-se e à medida que o dia passa o barulho continua e a dor de cabeça teima em não passar. Não quer falar com o vizinho para não criar mau ambiente e porque sabe que ele só pode aproveitar o fim de semana para fazer estas remodelações. Recorre a medicação mas a dor persiste. A noite cai e o vizinho não cessa a infindável obra. Cansado, farto do barulho e cheio de dores de cabeça apesar da medicação que tomou, resolve falar com o vizinho e pedir para respeitar a sua posição. A obra pára, o barulho acaba, a calma volta e você permite-se relaxar e a dor vai passando... Bastava isso, ir à raiz do problema.

A Hipnose Clínica é isso mesmo, não se limita a tratar os sintomas, vai à origem do problema e liberta-o.

Através de hipnoterapia, trabalha-se a nível emocional para baixar os níveis de ansiedade do paciente através de relaxamento e um trabalho mais profundo, para desligar o “modo alerta”, com “a cabeça a mil à hora”, cheia de pensamentos e imagens que não dão sossego. Existe um acumular de experiências e só indo à origem da emoção que originou a patologia se encontra solução.

É nesse momento que a tomada de consciência sobre o medo surge e a ansiedade deixa de se manifestar. A Hipnose acelera todo esse processo de consciencialização, por isso é que funciona tão bem.
A partir do momento em que a dor tem um sentido, deixa de ser doença (patológica).
Por outro lado, pode ser complementado com uma fitoterapêutica (medicação natural/homeopática).

Para mais informações, contacte-nos.

Um abraço e até breve se fôr caso disso,
Dr. Bruno Fernandes.
Caro/a
Como pode ver pelas respostas anteriores, há várias formas de abordar o seu problema. Uma delas é a objetiva, que será apoio medicamentoso e psicoterapia, algo reconhecido pelas Ordens de Medicina e Psicologia, a outra é pela sugestão. Aliás, estudos de Harvard e Princeton indicam isso mesmo, o efeito da sugestão não tem provas impiricas. Não obstante, tal como a psicoterapia convencional visa que o paciente encontre ele mesmo mecanismos para resolver os seus desafios, a hipnose poderá resultar como meio de alcançar isso mesmo. Com estas duas sugestões, a médica e a alternativa, poderá efetuar o seu raciocínio.
Atentamente
MJP






oa tarde, embora não privilegie essa abordagem na minha prática clínica poderá trazer algum benefício clínico sobretudo nos doentes mais sugestionáveis. Relativamente ao tratamento, dependendo do caso em concreto e da avaliação do mesmo em consulta, pode-se tratar uma depressão ou problemas de ansiedade com recurso a psicoterapia em exclusivo. A vantagem de recorrer a medicação é uma maior celeridade no processo e ser mais fácil poder intervir do ponto de vista psicológico. Acresce que a terapia medicamentosa em exclusivo também poderá não ser a melhor resposta na prevenção de recaída destas patologias. Assim, o uso combinado de medicação e psicoterapia melhora o prognóstico clínico.
Caro/a, na minha opinião a hipnose clínica oferece ferramentas muito úteis ao tratamento do quadro que fala, contudo quando aplicadas num contexto psicoterapêutico. Sugiro que procure ajuda neste âmbito mas sempre com psicólogo e/ou psiquiatra com formação na área.
Existem várias abordagens psicoterapêuticas, com resultados diferentes. A Terapia EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing) é eficaz no tratamento dos sintomas que refere. Caso tenha interesse em obter mais informações, poderá consultar a página da associação de EMDR em Portugal, onde tem a lista dos terapeutas credenciados.

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