Boas, tenho uma sobrinha, filha de meu cunhado, que agora o mesmo deu conta que a mesma fez uns cort
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Boas, tenho uma sobrinha, filha de meu cunhado, que agora o mesmo deu conta que a mesma fez uns cortes no braço ou seja automutilou-se, que esta pratica agora descoberta não tem mais de um mês, a mesma é uma menina super bonita, aparentemente uma vida normal, pacata é verdade e refugia-se muito na musica e sozinha, foi há pouco vitima de agressões psicológicas e fisicas na escola onde até é boa aluna e há pouco tempo deu-se o final de um namorico com um rapaz mais velho que ela com 16 anos de idade sendo que ela descobriu que ele andava com outra rapariga. Sei que não é minha filha mas é quase como fosse e podia ser comigo pois tenho duas filhas com 19 e 17 anos de idade, como tal devido à proximidade de sentimento familiar gostava de um conselho para de alguma forma poder ajudar os meus cunhados, obrigado
Comportamento autoagressivos e mutilantes estão normalmente relacionados com questões emocionais complexas. Por esse motivo, deverá sugerir aos pais da jovem o agendamento de uma consulta de Psicoterapia que possa ajudá-la a ultrapassar esta situação.
Espero poder ajudar.
Espero poder ajudar.
O conselho para procurar um profissional de saúde mental não tem que ser visto de forma negativa. Trata-se de um profissional que tem experiência nesta problemática e pode ajudar a que os pais e própria menina possam compreender e ressignificar as causas do problema, bem como tratar. Habitualmente este tratamento dentro do processo terapêutico tem focos na auto estima, auto segurança e auto confiança, que podem estar abaladas. Espero ter ajudado.
Esse comportamento de automutilação é um sintoma de que algo está a ser difícil de lidar sob o ponto de vista emocional e comunicacional. Uma vez que é recente com os dados que dá aparentemente será de melhor prognóstico que um comportamento já mais crónico mas é urgente que os pais procurem um Psicoterapêuta para acompanhar a jovem.
É de louvar a sua atitude. Encaminhe a menina para acompanhamento psicológico. A adolescência é uma fase confusa e conturbada que não deve ser desvalorizada.
Isso é um comportamento automutilante , que requer muita atenção e atuar tapidamente Deverá consultar um psicoterapeuta para iniciar um tratamento semanal
Os comportamentos auto agressivos encontram-se associados a um universo afetivo e relacional muito complexo, assim como a um enorme sofrimento mental. Muitas vezes são casos de risco, pelo que aconselho que sugira aos pais da sua sobrinha que procurem ajuda, o quanto antes. Ofereço uma abordagem psicanalítica cujo objetivo visa a transformação das causas que impulsionam os sintomas referidos, numa relação contentora e resignificadora do seu mundo interno, a qual fortalecerá o Eu da adolescente (muito frágil, neste tipo de casos).
No caso da sua sobrinha, um acompanhamento psicoterapêutico é fundamental e urgente, para que ela possa aprender a lidar com o problema.
Antes de mais, tranquilizo-o/a de que (infelizmente) estas situações são muito comuns na adolescência, e habitualmente conseguem ultrapassar-se rapidamente, se existir uma boa intervenção de um/a psicólogo/a experiente que crie uma boa relação com o/a adolescente. Recomendo recorrer ao serviço de psicologia da escola, pois é aquele que permite fazer mais facilmente uma intervenção mais alargada junto da rede social da adolescente. Trabalho em contexto escolar e, frequentemente, em situações destas, trabalho o/a adolescente em questão e a sua família, mas dou também pistas de intervenção indireta a/os docentes da turmas e muitas vezes também a/os colegas. Reforçando a rede de apoio social e a estrutura emocional do/a adolescente conseguimos debelar a situação com bastante sucesso.
Muito provavelmente a sua sobrinha esta a identificar-se com agressões externas, ou seja, tem uma baixa autoestima, apesar de ser uma miúda bonita e inteligente, o que infelizmente não é garantia para que uma pessoa não tenha problemas de autoimagem e autoestima. E de alguma maneira terá acontecido na vida dela recente, alguns episódios menos bons que a desiludiram imenso e ela em vez de culpabilizar o mundo exterior, culpabiliza-se a ela própria. E portanto começa por se identificar com as “agressões” que ela terá sido vítima. E nessa altura o que ela faz é um processo de Auto penalização. E este tipo de atitudes as vezes tem haver de facto com adolescentes que entram nestes processos de autoinfligir por terem sentimentos de culpa, sentimentos de abandono que devem ser trabalhado em psicoterapia e como é óbvio não dá para dar um conselho simples e.g. dizer não faças isso, tu és bonita, és inteligente, porque isso não entra na cabeça dos jovens. Os jovens tem que perceber e só numa psicoterapia mais profunda é que eles percebem o que estão a fazer, porque isto no fundo é um ato de autopunição.
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