Maria Filomena Abreu

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Experiência

Membro efectivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses OPP 19237

Mestrado Integrado em Psicologia Clínica e da Saúde (Universidade do Minho, Portugal)

Formação em Mediação Familiar (Certificação pelo Ministério da Justiça, Portugal)

Curso de Especialização em Saúde Mental e Psiquiatria (Escola Superior de Saúde de Viana do Castelo, Portugal)

Licenciatura em Enfermagem (Escola Superior de Saúde de Viana do Castelo, Portugal)

Formação em Hipnose Terapêutica (IPH, Portugal)

Past Life Regression Therapy, Dr. Brian Weiss (Weiss Institute, Roma)

Nivel I, II, IIIa e IIIb em Reiki (Mestre Sara Cardoso, Portugal)


https://www.psicologiaholistica.pt/

Comecei por ser enfermeira, aprendi a cuidar dos outros, das feridas do corpo.

Rapidamente percebi que as feridas que mais doem não são aquelas que se veêm, mas aquelas que estão no interior de cada um.

Foi no serviço de psiquiatria, enquanto enfermeira, que aprendi a conhecer melhor essas feridas invisíveis: as feridas da alma, aquelas que muitos não querem ver, outros fingem não ter e outros preferiam não sentir.

Depois, já como enfermeira especialista em saúde mental e psiquiatria, conheci a pessoa doente no internamento e na sua casa. Fiz parte de uma equipa de apoio domiciliário que apoiava pessoas com patologia psiquiátrica grave. Com estes pacientes, e com as suas famílias e cuidadores, percebi que a doença não é só de quem a sente mas de quem com ela vive, que não existem só pessoas doentes, mas famílias que ficam também doentes. Decidi conhecer e perceber melhor estas feridas da alma, fui novamente para a universidade estudar Psicologia Clínica.

Seis anos depois, dois deles passados na consulta hospitalar de Pedopsiquiatria, aprendi que não basta conhecer o outro para cuidar dele, é imprescindível conhecer-mo-nos a nós mesmos. Como Psicóloga Clínica conheci melhor os outros mas também me conheci melhor a mim mesma o que permitiu ser melhor profissional e melhor pessoa a trabalhar com pessoas.

Mas, trabalhar com pessoas não é só corpo e mente, existem outros factores que interferem nesta esfera. Tanto para quem sofre, como para quem trata do sofrimento, é necessário interligar todos os elementos: dimensão física, mental, emocional e... a energia, que desempenha aqui um papel fundamental.

Quando trabalhamos com pessoas é fácil perceber, que não somos só "um corpo", ou "uma mente", somos muito mais para além disso, e a nossa energia não é a mesma todos os dias, e a das pessoas que cuidamos também não. Porque é que nos sentimos tão cansados perto daquela pessoa? E,fui tentar compreender essa energia.

Descobri que a energia, tal como o ar que respiramos, existe à nossa volta e interfere com o nosso bem estar, dependendo da forma como nós a "absorvemos", com consequências não só no nosso corpo mas também na nossa mente.

Agora, depois de alguns estudos nesta área, e no papel de Mestre de Reiki compreendo que faz ainda mais sentido , quando tratamos de alguém, quando vemos o ser humano como um todo: corpo, mente, emoções e energia, sendo que qualquer perturbação neste campo pode potencial o aparecimento de doenças, podendo o tratamento ser também neste sentido: integrado.

Mas, não fiquei por aqui...

O ser humano é um ser complexo, e no meu trabalho como enfermeira, psicóloga clínica e mestre de reiki deparei-me com questões que as abordagens anteriores não pareciam ser suficientes para dar as respostas esperadas; e encontrei o Dr. Brian Weiss, ou foi colocado no meu caminho...

Com o Dr. Brian Weiss (psiquiatra norte-americano) numa formação em Roma, Itália, aprendi que a vida é muito mais do que aquilo que nós vemos, é muito mais do que um corpo, uma mente ou um campo energético; que a vida poder ser imensa e não caber num espaço. A Terapia por Regressão a Vidas Passadas permitiu-me enquanto pessoa, e profissional, encontrar muitas dessas respostas, aprofundar a dimensão espiritual do ser humano : "De onde vimos?", "O que fazemos?" e "Para onde vamos?" Algumas das respostas permitiram ajudar sobretudo pessoas que lidam com a morte de filhos, pais, dos seus queridos, ou com a sua própria morte.

Ao utilizar a terapia de regressão a vidas passadas, como uma ferramenta terapêutica, rapidamente percebi que o estado de transe, hipnótico, utilizado nesta terapia tinha um poder de libertação emocional e relaxamento incrível e que poderia ser utilizado em outros pacientes, não só para aceder a outras vidas mas também para libertarem emoções desta vida.

Assim, surgiu a hipnose. Aliás, ela já existia já há muito que a hipnose é utilizada pelo ser humano, mas só neste momento é que descobri o seu potencial.

Então, fui estudar Hipnose no Instituto Português de Hipnose, para aprofundar mais a técnica e conseguir utilizá-la em terapia. A Hipnose, para além de ser uma excelente ferramenta de auto-conhecimento que me permitiu melhorar ainda mais como profissional e pessoa; permite-me, neste momento, como Hipnoterapeuta ajudar as pessoas a libertar não só as emoções, dores e traumas do passado como também, através de técnicas de progressão, conseguirem atingir o máximo potencial: serem os melhores seres humanos que podem ser, a todos os níveis, e isso é fabuloso!

Pois, e podia ficar por aqui. Mas, já vos disse que sou uma apaixonada por pessoas, pelo ser humano? E trabalhar com pessoas é desafiante todos os dias, a procura das palavras, a comunicação , o olhar, as palavras são o espelho da nossa alma. As almas são tão diferentes. Talvez uma alma seja fácil de entender, mas a interacção das almas, quando as almas dançam juntas, raramente não existem conflitos e desentendimentos.

Vi pais, mães, com a alma desfeita que não conseguiam ajudar os filhos, não conseguiam ajudar-se a si mesmos: processos de divórcios, lares desfeitos, gritos, prantos...

E senti necessidade de aprofundar os meus conhecimentos nessa área, e fui estudar Mediação Familiar.

Agora, como mediadora familiar, certificada pelo ministério da Justiça, compreendo um pouco mais o bailado das almas, não danço por ninguém, mas sou um canal, para que as pessoas consigam expressar livremente aos seus entes queridos o que lhes vai na alma, que consigam encontrar um consenso. e, sobretudo, a paz e o equilibro familiares.

Sempre ouvi dizer que ninguém pode mudar o mundo, mas, sinceramente, acredito que se mudar o meu mundo e conseguir ajudar o mundo à minha volta...o mundo muda pode mudar connosco!

Se vou ficar por aqui?! Claro que não...tal como disse, a vida é imensa, a alma não cabe dentro de um corpo...

Nesta vida ou em outra, quem sabe... o que verdadeiramente importa é que exista sempre esta capacidade de sonhar e realizar, "porque o sonho comanda a vida".

Não percam as cenas dos próximos episódios...conto com vocês, do meu lado!

Maria Filomena Abreu - psicóloga clínica e hipnoterapeuta
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