Experiência
Ao longo destes 16 anos tenho trabalhado sobretudo com pacientes com idades pediátricas mas também com adultos idosos. Com as crianças e adolescentes a minha ação enquadra-se nas Perturbações do Neurodesenvolvimento, dificuldades ao nível da aprendizagem, de alterações emocionais e problemas comportamentais. Com a população sénior, o foco tem sido a preparação para a reforma, intervenção no luto, treino/reabilitação das funções cognitivas e intervenção de algumas patologias psicogeriátricas como Défice Cognitivo Ligeiro e Demências. Em ambas as franjas etárias a intervenção com as famílias ou outros elementos significativos tem-se demonstrado um aspecto fulcral no processo terapêutico, numa perspectiva de orientação parental/cuidador/educacional, com ganhos significativos para os próprios e para a relação familiar.
Pauto as minhas intervenções com uma abordagem eclética, no entanto tenho uma forte identificação com as abordagens cognitivo-comportamentais, sistémica e humanista.
Formadora Certificada pelo IEFP.
Consultórios (2)
Este especialista não fornece todas as informações de que precisa?
Mostrar outros psicólogos perto de mimEste especialista não fornece todas as informações de que precisa?
Mostrar outros psicólogos perto de mimPreços
Sem informação sobre serviços e preços
Este especialista ainda não adicionou nenhuma informação sobre serviços
Opiniões em breve
Envie a primeira opinião
Você já passou por consulta com Dra. Fátima De Sá Lourenço? Conte aqui como foi. Outros pacientes vão te agradecer por ajudá-los a escolher o melhor especialista.
Enviar opiniãoDúvidas solucionadas
1 dúvidas de pacientes solucionadas na Doctoralia
O meu filho sempre teve pouca ou menhuma capacidade de concentracao... tem algum atraso na fala embora ja tenha 10 anos... nao se expressa bem e tem bastantesdificuldades na escola embora tenhw entrado este ano para o 5 ano sem nunca ter chumbado.... ate as suas brincadeira sao sempre muito agitadas, que tratamento devemos procurar?
Já ouviu falar em NEUROFEEDBACK? Esta é a minha sugestão. Faço uma pequena introdução para que possa perceber um pouco o enquadramento desta técnica que é usada, sobretudo no Canadá e nos EUA há mais de 20 anos, com êxito demonstrado, e em grande expansão em todo o mundo, nomeadamente em Portugal.
Quando falamos em funções cognitivas como é o caso da atenção e da concentração, falamos de funcionamento cerebral. Este é um processo complexo que acontece em todo o cérebro em simultâneo, ou seja, as suas áreas trabalham em conjunto para uma determinada ação. Há zonas do cérebro com maior especialização em determinada função no entanto há também conexões entre neurónios de todo o cérebro que constituem sistemas funcionais que se interconectam. Para além das tarefas de organização e gestão que o cérebro executa, este também tem uma função fulcral que é a de autorregulação, assegurando a sua integridade e estabilidade, o que suporta um melhor funcionamento cerebral.
Porém, o cérebro é vulnerável e há diversas fontes de desregulação que podem causar instabilidade neurofuncional, como por exemplo um funcionamento eletroquímico desquilibrado e que pode levar a alterações de comportamento, resultando numa variedade de problemas comportamentais, emocionais ou relacionados com o disfuncionamento de partes específicas do cérebro e que se revelam em sintomas.
Então o que é o NEUROFEEDBACK e como iniciamos o tratamento?
É uma intervenção terapêutica por neuromodelação, não invasiva e que permite o treino direto do funcionamento cerebral, com efeitos em tempo relativamente curto e que perduram ao longo do tempo, não se revertendo após o término do tratamento. A inovação que esta técnica traz em termos terapêuticos está na sua natureza intrínseca, pela qual o cérebro é “ensinado” a produzir padrões de ativação mais adaptativos em lugar de depender dos estímulos externos para corrigir as disfunções.
É claro que é fundamental primeiramente fazer-se a história clínica e recolher a sintomatologia (no caso por pedopsiquiatra/neuropsicólogo) para poderem formular-se hipóteses. O segundo passo é fazer um Eletroencefalograma quantificado (qEEG) (registo que faz um "mapeamento cerebral" e dá a conhecer as nossas ondas cerebrais, isto é, a atividade do córtex cerebral). O processamento do sinal electroencefalográfico e dos valores obtidos dá um grande conjunto de dados que são tratados por software específico e que permite, por exemplo, identificar os locais do cérebro que apresentam desvios em relação a uma amostra normativa. Com base nessa informação são identificados os locais exactos a treinar durante o tratamento por NEUROFEEDBACK.
Em cada sessão de NEUROFEEDBACK, são colocados sensores no couro cabeludo, que coincidem com os locais do cérebro específicos a treinar e que registam em tempo real a atividade cerebral (ondas cerebrais) enviando esses dados para o sistema de Neurofeedback. Com base nos protocolos elaborados a partir dos dados do qEEG, as frequências que causam alterações do funcionamento do cérebro são isoladas. O sistema do Neurofeedback ajuda o cérebro a controlar um conjunto de imagens animadas projetadas num ecrã de televisão. Enquanto vê as imagens o cérebro recebe feedback visual e auditivo. Rapidamente a pessoa aprende como regular as suas ondas cerebrais e, desse modo, controlar as imagens projectadas. Com o treino, a desregulação cerebral é regulada, levando a emergir novos comportamentos aprendidos que perduram durante muito tempo.
Há diferentes tipos de treino para diferentes áreas do cérebro que ajudam, por exemplo, a:
- aumentar a atenção, a aprendizagem, a memória, a criatividade e a intuição;
- aumentar o controlo do comportamento e das emoções;
estabilizar o humor e a melhor lidar com experiências traumáticas anteriores;
- melhorar o sono, o apetite e outras funções fisiológicas;
- diminuir a ansiedade, melhorar a depressão;
- etc.
Espero ter ajudado!
Todos os conteúdos publicados no Doctoralia.com.pt, principalmente perguntas e respostas na área da medicina, têm caráter meramente informativo e não devem ser, em nenhuma circunstância, considerados como substitutos de aconselhamento médico.